Beneficiado pelo Bolsa Atleta e Compete Brasília, o jovem aprimora sua performance e aproveita as oportunidades
“A melhor decisão da minha vida foi ter iniciado na natação”, recorda Élcio Cunha Pimenta Júnior, 18 anos, que hoje treina com a equipe de alto rendimento e tem a possibilidade de competir na próxima edição dos Jogos Paralímpicos, na França, em 2024, tudo com apoio da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL). Aos 11 anos, quando perdeu a visão devido ao descolamento de retina, ele conheceu o movimento paralímpico incentivado por um colega. “Ele me convidou para treinar e ver o que achava, e me dei muito bem”, conta.
O esportista nada, principalmente, a prova dos 50m livre. Atualmente, ele também entra na piscina nos 100m livre e 400m livre e está em fase de desenvolvimento para competir, em breve, os 200m medley e 100m peito. O trabalho, desenvolvido com o técnico Marcus Lima, tem como meta os ciclos para os Jogos de Paris, de Los Angeles (2028) e de Brisbane (2032). “A gente estabelece sonhos e objetivos; até lá, a gente vai subindo degrau a degrau”, diz.
O nadador é beneficiário de dois programas do GDF: Bolsa Atleta, desde 2017, e Compete Brasília, que oferece aos atletas a oportunidade de disputar torneios em qualquer parte do Brasil e do mundo com ajuda financeira.
“Até nos cantos mais remotos, o programa (Compete Brasília) traz essa possibilidade. É o apoio que muita gente não tem, justamente porque é muito caro e complicado investir em passagens áreas com dinheiro do próprio bolso”, avalia. Élcio, que tem uma rotina pesada com treinamentos na piscina, na academia, massagens, fisioterapia preventiva e o curso de direito.
“Realmente os benefícios auxiliam nos gastos com materiais, suplementação, acompanhamento médico. Só pude comprar melhores trajes e materiais, além do acompanhamento nutricional e equipe técnica, por conta do programa”, completa o atleta.
No ano passado, 238 esportistas da capital, entre olímpicos e paralímpicos, foram contemplados com o Bolsa Atleta, o que totalizou um investimento de R$ 2,2 milhões.
Neste ano, o nadador, que nasceu em Valparaíso de Goiás, deve participar das etapas do World Series, conjunto de competições internacionais que prepara os atletas para embates maiores, como o mundial, as Paralimpíadas e os Jogos Parapan-Americanos.
Em 2021, Élcio participou da seletiva para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. “Uma Olimpíada é o que todo atleta almeja, muitos querem, mas nem todos fazem o que é preciso para estar lá. A seletiva é a porta de entrada para tudo isso, certamente não é todo mundo que chega a uma seletiva olímpica, tem que ter um nível para isso. Foi um aprendizado muito bom, foi uma oportunidade de aprender com os melhores. É junto dos melhores que a gente aprende e se desenvolve”.
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